Frase do Dia

Não é o oficio que faz o sacerdote, mas o sacerdote quem faz o oficio. Nem todo sacerdote é santo, mas todo santo é um sacerdote”
(John Huss)

sexta-feira, 20 de maio de 2016

É possível ter uma família feliz?

É possível ter uma família feliz?
Efésios 5:22-28

A família começa com um casal. Depois vem os filhos, e os componentes da família vão aumentando.
Os vínculos familiares, que primeiramente eram o homem e a mulher, se ampliam. Papeis variados passam a ser assumidos, e tornam-se mais complexos os relacionamentos.
Maridos vem a ser pai, esposa vem a ser mãe, ambos precisam aprender a desempenhar outras funções familiares de maneira competente.
Mas a responsabilidade para com a família deve existir antes do casamento. A escolho do parceiro ou da parceira já a requer. Depois o casal tem o dever de preparar a atmosfera familiar para a chegada e o desenvolvimento dos filhos
ü    Pensando em Compor uma família
A construção das bases para a família futura inicia com a escolha do parceiro ou parceira, que precisa ser feita na dependência do Senhor. Existem princípios da Palavra de Deus para orientar a decisão.
1.                  Desmitificando a escolha- vamos eliminar alguns mitos a respeito de com quem casar.
a)                  Mito da mulher ou do homem perfeito- Ninguém é exatamente igual aos “sonhos”.
b)                  Mito do Parceiro à imagem da mamãe ou do papai- exigir isso é um absurdo!
c)                   O Mito das almas Gêmeas – Há diferenças marcantes de personalidade entre o homem e a mulher que se unem em casamento.
2.                  Sete princípios para a escolha
a)                  Não se deixe levar pela aparência- quem julga pela aparência não enxerga o interior, não vê as motivações (I Sm 16:7; Jo 7:24)
b)                  Não ouça apenas o coração – Ouça também a razão e o bom senso. Converse. Indague. Observe atitudes e reações, antes de fazer a escolha (Pv 19:2).
c)                   Leve em conta a opinião ou conselho dos pais – Especialmente se também forem cristãos (Pv 1:8-9; Pv 23:22).
d)                  Procurem aconselhamento de pessoas confiáveis – Além dos seus pais, se precisar (Pv 19:20-21)
e)                  Consulte ao Senhor, em oração – Não se precipite. Espere que Ele confirme a escolha (Pv 16:1-2; Pv 18:22)
f)                    Não se deixe orientar pelos padrões mundanos – A palavra de Deus deve ser seu guia, também quanto as questões sentimentais. Geralmente, o modelo do mundo inclui Lascívia, a impureza, o sexo antes do casamento, etc. Sl 119:105; 1 Jo 2:17).
ü    Começando a compor uma família:
O bem estar da família depende da saldo do relacionamento conjugal. Se o casal está bem, os filhos encontrarão espaço para conviver felizes, apesar dos problemas naturais da vida, se o casal não esta bem, tanto sofre ele como os demais componentes da família.
Quando os cônjuges se amam demonstram esse amor em pequenas atitudes e cultivam um carinho especial um pelo outro. Esse comportamento influencia os filhos. Eles aprendem que casamento é, acima de tudo companheirismo.
Consideremos alguns elementos que tornam a relação conjugal saudável, a luz dos seguintes textos: Gn 2:24; Mt 19:4-6 e Ef 5:31.
Independência
O Casamento se inicia com a disposição de deixar pai e mãe. O casal precisa de independência em relação aos seus familiares. Isso não quer dizer que devem cortar relações com a família, mas que, a partir do casamento, vão traçar seu próprio caminho e encarar, a dois, os problemas da vida.
Deixar pai e mãe significa a desvinculação física e emocional dos familiares, a busca da independência, a resolução de assumir a responsabilidade da vida de casado.
Homem e mulher deve almejar esse desapego, a fim de construírem com liberdade a sua própria família.
Vários casais enfrentam dificuldade de adaptação, porque sofrem a interferência dos pais, o que prejudica o crescimento emocional do jovem casal.
A Interdependência 
No casamento o homem se une a sua mulher. O verbo unir, empregado tem o sentido de apegar-se a alguém por afeto e lealdade.
È a mesma palavra hebraica usada para denotar a afeição e a lealdade que os israelitas deviam ao Senhor (Dt 30:20).
Ao se unirem, homem e mulher demonstram a disposição de se apegarem, de seguirem de perto um ao outro, de ficarem juntos.
A união matrimonial pressupõe uma interdependência entre os cônjuges – estão ligados. Necessitam um do outro, física e emocionalmente. Assumem o compromisso de viverem um para o outro (1 Co 7:3-4).
A Intimidade
Deus criou os termos da instituição do casamento dizendo que os cônjuges se tornariam uma só carne.
A intimidade é uma dadiva divina para o casal, e deve ser usufruída em toda a sua plenitude, incluindo as mais variadas expressões de carinho e o sexo.
No casamento esta é a mais sublime manifestação de serem os dois uma só carne.
Antigos preconceitos têm impedido que marido e mulher cristãos desfrutem prazerosamente da vida intima. Talvez ignorem que há na Bíblia uma excelente amostra da intimidade gerada pelo amor conjugal puro. Examinaremos Ct 7:1, Ct 8:3 e Ec 9:9.
A Submissão
A bíblia ensina que as “mulheres sejam submissas aos seus maridos, como ao Senhor” (Ef 5:22). Mas nunca se entenda que submissão é o mesmo que subserviência ou escravidão.
O sentido bíblico de submeter-se é completar voluntariamente, ajustar, adaptar. Submissão é a atitude voluntaria de uma pessoa em relação a outra.
E o modelo é a submissão a Cristo, que é espontânea (Ef 5:24-33).
O casamento exige, da parte da mulher, a disposição para submeter-se ao marido, que nasce do amor por ele. Este por sua vez não obriga a mulher a ser-lhe submissa, do mesmo modo que ela não o obriga a amar. Os dois atos são voluntários.
O Sacrifício
A Exigência para o marido cristão é mais séria. O padrão é o relacionamento entre Cristo e a Igreja. Veja que deveres tem o marido para com a sua esposa, como resultado do amor (Ef 5:25-30);
a)                  Sacrificar-se por ela . V25
b)                  Santificá-la. V26
c)                   Glorificá-la. V27
d)                  Cuidar dela e alimentá-la. V28
Sua liderança não deve ser usada para oprimir a esposa, mas para vê-la libertada de tudo quanto estraga ou mancha sua intimidade feminina.
Assim como o proposito final do amor sacrificial de Cristo é demonstrar a verdadeira glória da Igreja, o marido entrega-se por amor, para alcançar esse objetivo em relação à esposa.
ü    Filhos! Mais um para compor a Família.
Se há harmonia entre o casal e é saudável o seu relacionamento, o ambiente esta preparado para receber filhos.
1.                  Uma benção do Senhor
A chegada dos filhos é uma benção do Senhor: “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão”(Sl 127:3). Na mentalidade judaica. Quando os filhos não vinham, este fato era entendido como maldição  da parte do Senhor, e a mulher era discriminada pela sociedade. Hoje sabemos que a esterilidade pode também masculina.
Os filhos são um presente de Deus aos pais. Por isso devem ser criados, tratados e desenvolvidos para que, quando adulto, busquem com sabedoria o seu caminho natural.
Compete aos pais administrar, de maneira responsável e dedicada, essa “herança”, sempre lembrando que não são donos dos seus filhos.
Quando os pais os tratam como se fossem sua propriedade, a relação interpessoal torna-se doentia e prejudicial para ambos e para quantos vierem a conviver com eles no futuro.
2.                  As mudanças que provocam
Cada filho chega provoca uma reestruturação no lar. Do ponto de vista físico, é mais um que ocupa espaço. Do ponto de vista emocional, é mais um que exige atenção, se o casal está preparado para enfrentar tais alterações irá adaptar à nova situação.
Ocorre também um aumento de atividade e desgaste físico. Há bebês que não dão muito trabalho; mas outros exigem maior atenção e cuidados, gastando energia dos pais, avós e etc.
Porém, devem estar conscientes das exigências que a sua chegada acarreta à família.

ü Um ambiente para compor
A família é o principal ambiente para a formação dos nossos padrões de comportamento. Mais importante do que a igreja, do que a escola e de qualquer outro circulo de convivência, sendo assim, deve proporcionar......:
1.                  Um ambiente de afeto
Nenhuma outra instituição pode substituir a família no aspecto afetivo. Uma das necessidades básicas do ser humano é a de amor e de sentir-se parte do todo.
A medida que a criança desenvolve seu senso de pessoa, manifesta a necessidade de aceitação, afeição e aprovação social.
Quando a família falha em atender essa necessidade, o membro da família vai satisfaze-la em outro lugar.
Quando há amor palavras de aceitação alimentam a estima de uns pelos outros; a afeição é demonstrada através de gestos simples de carinho e todos se sentem integrados no caloroso reduto afetivo da família (Pv 15:17)
2.                  Um ambiente de proteção
Na família, é atendida outra necessidade básica do ser humano; a de segurança. Toda criança requer a proteção e segurança contra danos e ferimentos.
Mesmo os adultos necessitam estar seguros em ambiente que os acolha, onde possam se sentir bem, tanto física como emocionalmente.
3.                  Um ambiente de aprendizado
É no seio da família que aprendemos as formas básicas de relacionamentos com os nossos semelhantes.
É a família que nos ensina os sistemas fundamentais de valores.
È também neste contexto que aprendemos a amar ou a odiar a Deus, ao próximo e a nós mesmos;
q     Ela é a escola da fé ou da incredulidade,
q    Do louvor ou da blasfêmia,
q    Do respeito ou do desrespeito (Dt 6: 6-9)
            No seio da família, o homem e a mulher aprendem a dar os primeiros passos no bom caminho (Pv 22:6)


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Homem diz ser a ''reencarnação'' de Jesus Cristo e arrasta multidões de fiéis na Rússia




Homem diz ser a ''reencarnação'' de Jesus Cristo e arrasta multidões de fiéis na Rússia




Na Rússia, um ex-policial se autoproclamou o Messias e já tem milhares de seguidores. Ele é conhecido como Vissarion, o professor, e Jesus da Sibéria e seus seguidores acreditam que ele realmente é o Messias.

Nascido Sergei Torop, Vissarion tem cerca de 5.000 seguidores devotos. Vissarion declarou ter experimentado uma revelação mística e em 1991 ele teria nascido como Visarion, o Jesus Cristo retornado, realizando seu primeiro discurso público em Minusinsk em 18 de agosto de 1991. Foi quando fundou a Igreja do Último Testamento, perto de Petropavlovka.

Vissarion também tem uma irmã chamada Irima, que ele considera como Maria, mãe de Jesus, sua própria mãe.

A comunidade que ele lidera é uma sociedade auto-suficiente, onde formas modernas de vida são evitadas; eles têm seu próprio calendário, com cada novo ano com início em 14 de janeiro, aniversário de Vissarion; o dinheiro não é utilizado, madeira proveniente de florestas nas proximidades é cortada para construção de suas casas e seus seguidores cultivam legumes e fabricam o seu próprio pão.

Há 5.000 fiéis, que vivem em harmonia com a natureza, rejeitando especialmente carne, álcool e tabaco, são vistos como uma nova Arca de Noé, e que estão convencidos de que o homem está destruindo o planeta e o centro da Terra e Petropavlovka serão salvos do desastre.

Seus seguidores tem como principal objetivo unir todas as religiões.

“Eu sinto sua energia aqui, e será suficiente para salvar o planeta da catástrofe”, diz a devota Irina Besseda, 38.

Vissarion, diz que percebeu que era Jesus, sentindo que “algo violento surgiu” em 1989, e é menos otimista com a certeza de que a catástrofe é inevitável, e o seu objetivo é modesto para evitar a extinção da espécie humana.

" O homem está ficando mais perto de sua destruição. Vai ser muito desagradável e trágico, haverá um monte de dor, mas é inevitável ", diz Vissarion.

Vissarion mudou o calendário para fazê-lo começar no dia de seu nascimento, 14 de janeiro de 1961, e seu fiel ao vivo em 1949.

“Nós temos que acreditar em algo que vai ajudar a salvar a humanidade (…) uma Arca de Noé”, o guru, que acredita que a face do mundo vai mudar, mas Petropavlovka vai sobreviver sem grandes mudanças, além do clima que vai ser suave.

Sua Igreja do Último Testamento, que combina elementos da Igreja Ortodoxa Russa, Budismo, apocalipticismo, coletivismo e valores ecológicos, não só recruta fiéis na Rússia, mas também em Belarus, Cuba, Itália, Alemanha e Bulgária.

Na Europa “há de tudo, cocktails, concertos, pessoas interessantes (…) é bom, mas não é isso que eu queria para minha alma”, explica Lineta Maskalinaite, um lituano de 43 anos, que deixou seu emprego há dois anos, em Bruxelas.


Mas há aqueles na comunidade local que vê todo o culto a Vissarion como uma grande fraude.



FONTE:

terça-feira, 17 de maio de 2016

Apaixonando-se pela causa de Cristo


Apaixonando-se pela causa de Cristo
Colossenses 1:24-29

            Me Lembro da História de um Monge que viveu na época do Imperador Nero. O nome desse homem era Telêmaco. Telêmaco era monge de um mosteiro que ficava longe de Roma, mas um dia Telêmaco sentiu alguma coisa importunando a ele que dizia que deveria ir a Roma.
            Roma era a capital do mundo, a cidade mais pomposa mais rica, mais cheia de vida que o mundo já conheceu chamava-se Roma. O maior Império da humanidade, suplantou o império dos Egípcios, foi maior do que o império dos Gregos, foi o império que durou muitas e muitas gerações.
            Telêmaco sentia o desejo de ir para Roma, mas não sabia o por que. Quando ele chegou a Roma, ele viu que as multidões estavam agitadas, viu que o povo estava agitado. Roma Tinha um “slogan” que quando a multidão ficava agitada o imperador mandava disser:
            “Pão e Circo Para O Povo”
            Só que o circo naquela época era o Coliseu Romano. Coliseu romano era aquele lugar onde se fazia as guerras dos gladiadores.
            O povo estava entediado e o divertimento do povo era ver o sangue jorrar.
            Então eles pegavam os gladiadores que eram lutadores profissionais, que iam para a arena, lutavam com espada, guerreavam entre si e um gladiador vencia o outro, e quando isso acontecia, o vencedor colocava o pé em cima da garganta do outro gladiador e levantava a espada para a multidão, e a multidão sedenta de sangue, a multidão sedenta de excitamento, viciados em adrenalina eles diziam se morria ou se vivia, e o gladiador com a espada para cima fazia um sinal para um povo e conforme a resposta do povo ele deixava o outro viver, ou o dava um golpe mortal de espada cortando-lhe o pescoço e a jugular cortada espirrando sangue levava o povo ao redor do Coliseu Romano ao delírio, batendo palmas, sacudindo os braços dizendo: “Vitória, Vitória, Vitória”.
            Telêmaco chegou em Roma não sabia o que acontecia ali e começou a perguntar o que fazia que trazia aquele povo a ficar tão excitados.
            E ele foi ao Coliseu, e quando Telêmaco chegou ao Coliseu Romano e viu o barbarismo a coisa terrível que era aquilo na arena, começou a gritar da arquibancada: “Em nome de Cristo Parem, Em nome de Cristo Parem”, mas ele era sonsinho no meio de uma multidão, ninguém ouvia Telêmaco, ele estão desceu escadaria abaixo, chegou até o muro que separava a arquibancada da arena e de costas para os gladiadores ele quis falar com a platéia que estava na arquibancada com as mãos para cima dizendo: “parem em Nome de Cristo, Parem”, mas o povo não ouviu Telemeco, foi então que ele pulou dentro da arena e chegou perto dos gladiadores, e a cena era absolutamente ridícula, a cena foi absolutamente patética, ele era o brega no meio do chique, ele era o fraco no meio dos violentos, ele era o simples no meio dos corajosos, ele era o nada no meio daqueles que eram tudo.
            Telêmaco disse: “Parem, Parem” e começou a pegar nos braços dos gladiadores, um dos gladiadores revoltado com aquele monge de rosto fino pobre com as vestes rotas, simples, feia, o gladiador ficou com raiva e com um só golpe de espada abriu o estomago de Telêmaco, e ele cai de joelhos as suas entranhas no chão e o ultimo brado do velho monge olhando para a multidão foi: “Em Nome de Cristo Parem” e tombou morto.
            Nesta hora aconteceu pela Primeira vez no Coliseu um silêncio sepulcral, ninguém falava, ninguém teve coragem de falar com o seu vizinho, por que a vida daquele sacerdote falava muito alto. Por causa de Telêmaco aquele foi o ultimo espetáculo de gladiadores no Império Romano, nunca mais Roma viu o sangue derramado de seus gladiadores.
            Por que aquele pobre e singelo homem levantou os braços no meio de uma geração corrompida e disse: “Em Nome de Cristo Parem”.
            Eu creio que nesta noite Telêmaco teria a mesma mensagem para você jovem, para você moça, para você dona de casa, para você empresário, para você médico, para você dentista, para você que é profissional liberal, “Em Nome de Cristo Parem”.
            Vivemos em meio a uma geração dos que não querem fazer nada, uma geração que enfrenta crises diversas. Essa é uma geração que enfrentou e enfrenta varias crises.
            Estamos enfrentando crises políticas, crises econômicas, morais, mas não há uma crise tão profunda e seria quanto à crise da falta de paixão, crise do desencanto, da apatia, do desanimo, da falta de amor.
            Nossa maior crise é que rapazes e moças, jovens e velhos estão enfrentando um mundo desapaixonado um mundo sem ideais, sem sonhos, um mundo que saiu do século XX e entra no século XXI sem saber o que fazer para que a vida tenha algum sentido.
            A cidade de Colossos ficava no valo do rio Lico, um afluente do Meandro, na parte sulina da antiga Frígia, sua importância comercial era devida em grande medida ao seu lugar como empório da industria têxtil. A lã era tosquiada das ovelhas que pastavam nos encostos do vale do Lico, e tingida. O nome “Colossenses” era usado para uma cor especifica de lã tingida.
            O evangelho Cristão foi introduzido em Colossos durante o ministério de Paulo baseado em Éfeso, segundo Atos 19:10, Paulo exerceu um ministério de pregação na capital da Ásia proconsular como o resultado que todos os habitantes da Ásia ouviram a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos
            A carta aos Colossenses afirma no seu texto que Paulo não fora pessoalmente responsável pela obra evangelística no vale do Lico, a cerca de 130 Km de Éfeso. É quase certo que Epafras tenha levado as boas novas de Cristo a Colossos.
            Quando Epafras veio procurar Paulo na prisão, pode relatar que a igreja de Colossos estava correspondendo bem a instrução apostólica, tanto no crescimento, quanto na determinação de ficar firmes na fé.
            Mas a igreja de colossos estava sendo mesmo sendo ela ainda nova na fé, há estava sendo bombardeada por heresias que estavam confundindo a mente dos cristãos desta cidade. Alguns vão dizer que uma das heresias era o Gnosticismo em sua forma embrionária. Por isso o apóstolo escreve esta carta com a intenção de mostrar a importância de estarmos firmes em cristo.


I.                  Descobrindo a alegria diante das Aflições. V 24 -Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;

Nos alegramos com tantas coisas boas, como a presença dos amigos, a conquistas de alvos que tanto almejamos, nos alegramos com tudo que nos traz prazer tanto externo quanto interno.
Mas a Alegria que o Apostolo se refere não esta ligado a bens, ou objetivos, a alegria descrita aqui esta relacionada aqui é o SOFRIMENTO, como pode alguém ficar extremamente contente com o Sofrimento Externo (corpo).
Primeiro vamos avaliar a palavra usado por Paulo aqui, a palavra alegria no grego é cairw chairo, que significar regozijar-se, estar contente, ficar
Extremamente alegre, estar bem, ter sucesso.
         Como podemos nos alegras como coisas que nos machucam, Paulo é enfático ele cria que os sofrimentos deste mundo que nos traz morte não podem se comparar com a alegria nos Dada por Jesus na Cruz de Cristo. Outra concepção esta no fato de que “Está limitado o presente período de provação e de aflição, pois o Senhor esta perto”. Sendo assim devemos nos alegrar pois ele vira breve e enxugara toda lagrima aleluia.
            Payema, pathema, o sofrimento apresentado por Paulo significa literalmente: aquilo que alguém sofre ou sofreu  externamente, sofrimento, infortúnio, calamidade, mal, aflição.
Ouvindo um certo pregador dizer acerca do Reino de Deus, dizia ele: “O diabo não é contra nossas realizações pessoais, costumamos dizer que quando as coisas não vão bem é porque o Diabo esta intervindo em algo”, mas quando trabalhamos em favor do Reino de Deus ai sim ele se levanta contra o homem.
            Mas para alcançarmos alegria diante das Aflições temos que morrer para nos mesmo, para que Cristo viva em nós. "Preparem-se meus jovens amigos, para se tornarem cada vez mais fracos; preparem-se para mergulhar a níveis cada vez mais baixos de auto-estima e orem para que Deus apresse este processo".Charles H. Spurgeon. As aflições nos aperfeiçoam para sermos cristãos mais sensíveis ao propósito de Deus. Que alegria é saber que somos afligidos por causa do Senhor, porque muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.

           J. Blanchard Falando sobre os sofrimentos que ferem os Cristão dizia: Dor e sofrimento não são necessariamente sinais da ira de Deus; podem ser exatamente o contrário.

          Não é de se surpreender, pois o Apóstolo que antes era o perseguidor e causador de aflições nos cristãos, passa agora a ser perseguido e levar no seu corpo as marcas de Cristo, Temos que aprender a sofrer pela causa de Cristo.

           Eu gosto muito do livro chamado “O Sorriso Escondido de Deus”, nele William Cowper faz uma linda declaração acerca das aflições disse ele: “ Não julgue o Senhor com débil entendimento, mas confie nela para sua graça. Por trás de uma providencia carrancuda, ele oculta uma face sorridente”

            Permita-me que eu leia algo que tocou quando estive buscando algo sobre sofrimento e ao ler isso meu coração literalmente se abrasou.

A Aflição é muito limitada...
Ela não pode enfraquecer o amor
Ela não pode abalar a esperança.
Ela não pode corroer a fé.
Ela não pode destruir a paz.
Ela não pode matar amizades
Ela não pode apagar a memória.
Ela não pode calar a coragem.
Ela não pode entrar na alma.
Ela não pode roubar a vida eterna.
Ela não pode vencer o Espírito.


O sofrimento também é um catalizador que nos prepara para a vida, isto me lembra uma história de que um m dia uma rapaz saiu da escola da aula de biologia, chegando na sua casa ele viu um casulo na arvore e lê percebeu que o casulo estava se movendo, então ele ficou vendo o que iria sair ali de dentro, ai não sai, não saia, ele foi ficando agitado, então pegou uma tesoura e resolveu ajudar e cortou o casulo , saiu uma borboleta de dentro do casulo, e ela não voava, so ficava girando em volta do casulo e não voava, então ele resolveu ligar para seu professor de biologia, e relatou o fato.
O professor disse o que você foi fazer moleque, você acabou com a vida da borboleta, porque e no tanto se bater no casulo que ela ganha força em suas asas para voar você cortando o casulo não deixou que ela se exercitasse e agora ela vai se tornar uma presa fácil para qualquer animal.
(Idéia) Não devemos abortar nossas provações, pois e depois delas que ganhamos força para enfrentar as dificuldades da vida.


II.                  Tendo consciência de seu chamado como cristão. V.25 – “Da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus;

“Do qual me tornei Ministro”, Paulo era conhecido pelas comunidades como um ministro, e a origem deste chamado é Deus, fazendo de Paulo oikonomia “administrador dos mistérios de Deus”.
Paulo a origem de seu chamado e o motivo dele esta escrevendo esta carta, ele sabe que como Apostolo e um propagador da graça ao gentios, ele louva a Deus por este chamado e informa os colossenses que eles também estão agora envolvidos nessa responsabilidade de serem Cristãos autênticos e sinceros.
Temos que ter a mesma idéia de Paulo, quando somos acusados pelas as pessoas afirmando que somos inventores de um Cristianismo mentiroso e inescrupuloso, Paulo repele esta idéia afirmando que tudo que fazemos, tudo que somos, tudo que seremos, somo apenas em Cristo.
            Quando falamos de Consciência e compromisso temos que entender que Somos privilegiado por sermos cristãos, mas ao mesmo tempo somo obrigados a termos certas responsabilidades que antes não eram inerentes a nos.
            Matthew Henry vai dizer que: “A consciência é aquela vela do Senhor que ainda não foi totalmente apagada.” Temos que ter este compromisso para cumprir o chamado que Deus no convocou, sem deixarmos que esta vela se apague.
            Uma vez que fomos alcançados pelo Kerigma, ou seja, a mensagem do evangelho, não podemos continuar os mesmo, com as mesmas ações, uma nova postura transborda em nossos corações, com um rio que desagua no mar, precisamos nos desprender de toda falta de compromisso, somos agora cidadãos do Reino de Deus, e como cidadão temos compromissos, e privilégios.
            Paulo foi um homem que antes de sua conversão esta buscando com todas as suas forças a destruição dos cristãos, mas como ele mesmo diz “fui conquistado por Cristo”. (Fp 3:12), e como resultado desta conquista ele esta disposto a morrer em prol de seu Mestre e Senhor. Em  Atos 21:13 (Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.), neste texto vemos um brado de alguém apaixonado, de alguém completamente apaixonado pelo que faz, pela vida e pelo ideal que um dia abraçou.
            A bíblia nos relata que na casa de Felipe chegará um profeta vindo da Judéia chamado Ágabo, que pegando o cinto do Apostolo Paulo trousse uma profecia gráfica ao amante da obra missionária, dizendo: “Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão em Jerusalém o homem a quem pertence este cinto e, o entregarão nas mãos dos gentios”.
Após o termino desta profecia todos inclusive Lucas o evangelista começaram a aconselha-lo a não ir para Jerusalém.
            Mas uma pessoa que tem consciência de suas responsabilidades como discípulo de Cristo esta disposto, a da sua vida em prol do evangelho, ou seja de qual quer for a ocasião ele sempre estará disposto a enfrentar pelo nome de Cristo.
            Que possamos dizer em voz alta: “ Venha o que vier –derrota ou vitória – o Senhor esta no controle e tem seus “desígnios brilhantes”. Mesmo se o “botão” sangrento da batalha acabar tendo um gosto amargo, “doce” será a flor do desígnio de Deus, (I Cr 9:12-13)” John Piper

 

III.               Tendo no Âmago uma grande insatisfação com a realidade que nos cerca.V28 – A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo;

            O apóstolo sempre se mostrou, inconformado com a calamidade que os contemporâneos estavam vivendo. Por isso Ele primava em anunciar os mistérios de Deus a todo a Humanidade.
            Ricardo Gondin vai dizer que   “O mundo do jeito que anda, esta de total contrariedade com a vontade de Deus”, o mundo esta em rebelião com Deus, e cabe a nos propagarmos o Reino de Deus.
            Mas Paulo vai afirmar que a igreja como mensageira deste evangelho, ela precisa ter uma postura integra diante da sociedade, como luz em tempo de escuridão, um certo Escritor  disse “ a igreja  não carece de Avivamento, fogo ou qualquer novo Dom, a igreja carece de Ética e de uma postura mais equilibrada diante da sociedade”                                                                                                                                                                                                 
            Precisamos admoestar os homens para que os mesmo sejam apresentados perfeitos diante de Deus e porque não da Sociedade, precisamos restaurar as pessoas, mas infelizmente, vivemos em uma época em que a igreja precisa ser RESTAURADA.
            Vivemos em uma época em que a Igreja tem feito o que da certo, mas não o que é correto. O Apostolo primava pela ações corretas em todas as ocasiões, não se importando se isso iria desagradar quem quer que fosse.
            “A igreja é um hospital para pecadores, não um museu de santos”. Temos o slogan de igreja do Senhor, mas na verdade, estamos nos tornando em museus onde o que no máximo fazemos e honrar os santos que vieram antes de nos, como é triste saber que podemos mudar a nossa postura diante de nos mesmo e de nosso sociedade basta querermos.
            O Dr. George W. Peters disse: “Deus, a igreja e o mundo estão procurando homens com o coração em chamas, corações cheios de amor de Deus; cheios de compaixão pelos males da igreja e do mundo; cheios de paixão pela gloria de Deus, pelo evangelho de Jesus Cristo e pela salvação dos perdidos”.
Como precisamos estar inflamados pelo mesmo anseio que o Apostolo Paulo tinha pelos perdido de apresentar todo homem perfeito diante de Cristo. Bem uma coisa todos nos precisamos concordar que para chegar a este nível de comprometimento e preciso mais do que bom conhecimento Teológico.
No tumulo de Adam Clarke, discípulo de John Wesley, um erudito metodista e amado de Wesley, acha-se as palavras: “Ao viver para outros, acabei queimado”. Bem que esta frase pode expressar a vida do Apostolo Paulo, alguém que acabou queimado pelo zelo e amor pelo o Evangelho, sigamos os mesmos passos de Paulo. “Sejamos imitadores dele como ele foi de Cristo!” (1 Co 11:1)


sábado, 14 de maio de 2016

A Grande Festa - J. C. Ryle

Convite: A Grande Festa

J. C. Ryle



De novo entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes: O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho. Então enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas: mas estes não quiseram vir.
Enviou ainda outros servos com este recado: Dizei aos convidado: Eis que já preparei o meu banquete: os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém não se importaram, e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram.
O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade. Então disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes. E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados. Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial, e perguntou-lhe: amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 22: 1 a 14).
A parábola retratada nestes versículos tem uma significação muito ampla. Primeiramente ela aponta para os judeus, mas ela se estende a todos aqueles para quem o evangelho é pregado, perscrutando corações.
Observemos, em primeiro lugar, que a salvação anunciada no evangelho é comparada a uma festa de casamento. O Senhor Jesus nos fala de “um rei que celebrou as bodas de seu filho”.
Existe no evangelho uma farta provisão para todas as necessidades da alma humana. Há um suprimento de tudo quanto se requer para aliviar a fome e sede espiritual. Perdão, paz com Deus, uma viva esperança neste mundo, glória no mundo vindouro, são bênçãos retratadas diante dos nossos olhos em rica abundância. Toda esta provisão é devida ao amor manifestado pelo Filho de Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele deseja nos unir a si mesmo, restaurar-nos à família de Deus como filhos queridos, vestir-nos com a sua própria justiça, dar-nos uma posição em seu reinado e nos apresentar inculpáveis perante o trono de seu Pai, no último dia. O evangelho, em suma, é uma oferta de pão para o faminto, de alegria para o triste, de um lar para o desprezado, de um amigo para o perdido. O evangelho é boas novas. Deus oferece identificar-se com o homem pecador, mediante seu Filho querido. Jamais nos esqueçamos: “Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:10).
Em segundo lugar, tomemos nota do fato que os convites do evangelho são amplos, plenos, generosos e ilimitados. Nesta parábola, o Senhor Jesus nos conta que os servos disseram aos convidados: "Tudo está pronto; vinde para as bodas". Da parte de Deus não há nada faltando para a salvação da alma dos pecadores. Ninguém jamais poderá dizer, no fim, que foi por culpa de Deus que não se salvou. O Pai está pronto para amar e acolher. O Filho está pronto para perdoar e limpar de toda culpa. A graça está pronta para assisti-lo. A bíblia está pronta para instrui-lo. O céu está pronto para ser o seu lar eterno. Só uma coisa é necessária: que o próprio pecador esteja desejoso de ser salvo. Que não fiquemos debatendo e perdendo-nos em minúcias acerca deste assunto tão simples. Deus sempre será achado inocente do sangue de todas as almas perdidas. O evangelho sempre fala dos pecadores como seres responsáveis e que terão de prestar contas a Deus. O evangelho coloca uma porta aberta diante de toda humanidade. Ninguém está excluído desse convite universal. Embora eficaz somente para os que crêem, ele é suficiente para a humanidade inteira. Embora poucos são os que entram pela porta estreita, todos são igualmente convidados a entrar por ela.
Em terceiro lugar, notemos que a salvação oferecida pelo evangelho é rejeitada por muitos daqueles a quem ela é oferecida. O Senhor Jesus nos conta que os convidados, chamados pelos servos do rei, “não se importaram e se foram”.
Há milhares de ouvintes (leitores) do evangelho que em nada se beneficiam dele. Eles ouvem (lêem), ano após ano, mas não crêem para a salvação de sua alma. Eles não sentem qualquer necessidade especial do evangelho. Não vêem qualquer beleza especial nele. Talvez não cheguem a odiar, nem façam oposição ao evangelho. Porém, não o recebem no coração. Há outras coisas de que eles gostam muito mais. Seu dinheiro, suas terras, seus negócios e seus prazeres são todos assuntos muito mais interessantes para ele do que a salvação da alma. Esse é um estado mental deplorável, porém horrivelmente comum. Que nós examinemos o nosso próprio coração, e tomemos o cuidado de que esse não seja também o nosso. O pecado notório pode matar os seus milhares, mas a indiferença e a negligência ao evangelho matam os seus dez milhares. Multidões se verão no inferno, não tanto porque desobedeceram abertamente aos dez mandamentos, mas porque fizeram pouco caso da verdade. Cristo morreu por eles na cruz, mas eles O negligenciaram.
Em último lugar, observemos que todos quantos professaram falsamente a religião cristã serão detectados, desmascarados e condenados eternamente, no último dia. O Senhor Jesus nos conta que, quando finalmente chegaram os convidados para as bodas, o rei entrou para ver os que estavam às mesas, e “notou ali um homem que não trazia veste nupcial”. O rei perguntou ao homem como este havia entrado, vestido impropriamente, mas não obteve qualquer resposta. Ordenou então o rei a seus servos: "Amarrai-o de pés e mão, e lançai-o para fora, nas trevas".
Sempre haverá alguns falsos membros na igreja de Cristo, enquanto o mundo existir. Nesta parábola, aquele único expulso representa todos os demais que serão expulsos. É impossível lermos os corações dos homens. Enganadores e hipócritas nunca serão totalmente excluídos do meio de verdadeiros cristãos. Desde que uma pessoa professe obediência ao evangelho e viva uma vida externamente correta, não ousamos afirmar categoricamente que tal pessoa não esteja justificada por Cristo. Entretanto, não haverá qualquer dúvida, no dia do juízo. O olho infalível de Deus irá discernir quem é do seu povo e quem não é. Coisa alguma, senão a fé verdadeira, será capaz de subsistir ao fogo do julgamento. Todo e qualquer cristianismo espúrio será pesado na balança e achado em falta. Ninguém, senão os verdadeiros fiéis, participará da ceia das bodas do Cordeiro. Ao hipócrita de nada valerá ter falado muito sobre religião e ter tido reputação de ser um cristão eminente entre os homens. O seu triunfo não perdurará. Ele será despido de toda a sua plumagem emprestada, e ficará nu e trêmulo perante o tribunal de Deus - mudo, condenado por si mesmo, sem esperança e sem salvação. Ele será lançado nas trevas exteriores, em opróbrio, colhendo assim aquilo que semeou em vida. O Senhor Jesus disse que "ali haverá choro e ranger de dentes".
Que nós aprendamos sabedoria através dos quadros desta parábola, e sejamos diligentes em procurar confirmar a nossa vocação e eleição (1 Pe 1:10). A nós, também, é dito; “Tudo está pronto; vinde para as bodas”. Tenhamos cuidado de não recusar ao que fala (Hb 12:25). Não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios (1 Ts 5:6). O tempo urge. O Rei em breve entrará para ver os convidados. Já recebemos ou não a veste nupcial? Já nos revestimos de Cristo? Essa é a grande indagação levantada por esta parábola. Que jamais descansemos enquanto não pudermos dar uma resposta satisfatória a essa pergunta. Que estas palavras soem diariamente em nossos ouvidos, e nos sondem o coração: “Muitos são chamados, mas poucos escolhidos”.



Fonte: Meditações no Evangelho de Mateus — Editora FIEL.

Deus

Deus
A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?
Isaías 40:18

            Em 7 de janeiro de 1855 um certo ministro da capela da rua New Park começou seu sermão matinal do seguinte modo:
Já foi dito por alguém que "o estudo adequado da humanidade é o próprio homem". Não me oponho à idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto do eleito de Deus é Deus; o estudo apropriado ao cristão é a divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem chama Pai.
Nada é melhor para o desenvolvimento da mente que contemplar a divindade. Trata-se de um assunto tão vasto, que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho desaparece em sua infinitude. Podemos compreender e aprender muitos outros temas, derivando deles certa satisfação pessoal e pensando enquanto seguimos nosso caminho: "Olhe, sou sábio". Mas quando chegamos a esta ciência superior e descobrimos que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos pensando que o homem vaidoso pode ser sábio, mas não passa de um potro selvagem, exclamando então solenemente: "Nasci ontem e nada sei". Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente que os pensamentos sobre Deus...
Ao mesmo tempo, porém, que este assunto humilha a mente, também a expande. Aquele que pensa com freqüência em Deus terá a mente mais aberta que alguém que apenas caminha penosamente por este estreito globo. [...] O melhor estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo, e este crucificado, e o conhecimento da divindade na gloriosa trindade. Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem que a investigação dedicada, cuidadosa e contínua do grande tema da divindade.
Ao mesmo tempo que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador. Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para todas as tristezas, e na influência do Espírito Santo, alívio para todas as mágoas. Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados? Então, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade; perca-se na sua imensidão, e sairá dele completamente descansado, reanimado e revigorado.
“Charles Haddon Spurgeon (que nessa época contava, inacreditavelmente, apenas 20 anos)”
            Para iniciarmos um estudo sobre Deus, precisamos ter em mente duas verdades:
A) Deus Existe;
B) Que ele se revelou em sua Palavra Divina.
            E por esta razão não nos é impossível começar com o estudo de Deus. Podemos dirigir-nos a sua revelação para aprender o que ele revelou a respeito de si mesmo e a respeito de sua relação para com as suas criaturas.
            Isso não significa, contudo que a existência de Deus seja passível de uma demonstração lógica que não deixa lugar algum para duvida, mas significa, sim, que embora a verdade da existência de Deus seja aceita pela fé, esta fé se baseia numa informação confiável.
            O Dr. Kuyper fala como segue da tentativa de fazê-lo: “A tentativa de provar a Existência de Deus ou é inútil ou é um fracasso. É inútil se o pesquisador acredita que Deus recompensa aqueles que o procuram. É um fracasso se se trata de uma tentativa de forçar, mediante argumentação, ao reconhecimento, num sentido lógico, uma pessoa que não tem esta “Pistis” (FÉ).

Por que Devemos Pensar Corretamente a Respeito de Deus?
O que vem à nossa mente quando pensamos em Deus é a coisa mais importante no que diz respeito a nossa própria pessoas.
            A historia da humanidade provavelmente nos mostrara que nenhum povo foi maior do que a religião que adotou, a adoração é pura ou vil conforme os pensamentos elevados ou inferiores que o adorador alimenta em relação a Deus. Por uma lei secreta da alma, temos a tendencia de nos movermos em direção à imagem que nossa mente criou de Deus.
            Creio que o atual conceito cristão sobre Deus esta tão decadente que se encontra profundamente abaixo da dignidade do Deus Altíssimo, constituindo para os crente professos uma verdadeira calamidade moral.
            As noções erradas sobre Deus logo corrompem a religião na qual se introduzem. Isto fica claramente demonstrado na longa carreira de Israel, e a historia da Igreja o confirma. Um conceito elevado de Deus é tão necessário para a Igreja que, quando de alguma forma este conceito declina, a igreja, sua adoração e os seus padrões morais declinam com ele. O primeiro passo da Igreja em direção  à decadência é quando ela compromete sua elevada opinião sobre Deus.
James I. Packer  falando sobre Deus e a importância de conhece-lo diz: “Despreze o estudo de Deus e você estará sentenciando a si mesmo a passar a vida aos tropeções, como um cego, como se não tivesse nenhum senso de direção e não entendesse aquilo que o rodeia. Deste modo poderá desperdiçar sua vida e perder a alma”.
A mais pesada responsabilidade da Igreja em nossos dias esta em purificar e elevar o seu conceito de Deus, para que, mais uma vez, este se torne digno dEle – e da Igreja. Em todos os seus esforços, em todas as suas orações, isto deve ter a primazia. Prestaremos o mais alto beneficio à próxima geração de crentes se legarmos a ela, sem qualquer nuança, ou depreciação, o nobre conceito de Deus recebido de nossos pais hebreus e cristãos das gerações passadas. Isto terá para eles maior valor do que qualquer coisa que a arte ou a ciência possam inventar.

O Deus Incompreensível
A criança, o filosofo e o religioso fazem todos uma mesma pergunta: “Como é Deus?”
            Este tópico tenta apresentar uma resposta a essa pergunta. porem, desde o inicio devo reconhecer que ela não pode ser respondida completamente. só podemos dizer que Deus não  pode ser comparado a nada; ou seja, Ele não é exatamente como ninguém ou nenhuma coisa.
            O esforço feito por homens inspirados para exprimir o inefável tem exigido muito do pensamento e da linguagem das Sagradas Escrituras. Como se trata geralmente da revelação de um mundo que transcende a natureza, e como as mentes para as quais essas coisas escritas fazem parte da natureza, os autores são obrigados a usar muitas palavras que indicam apenas semelhança, a fim de se fazerem compreendidos.
            Analisemos Ezequiel 1:13, por mais estranha que seja esta linguagem, mesmo assim ele não cria uma impressão de irrealidade. conclui-se que toda a cena é bem real, mas inteiramente de tudo o que os homens conhecem sobre a face da terra, assim, para poder transmitir a idéia daquilo que ele vê, o profeta emprega as palavras “semelhança”, “aparência”, “aspecto”.
            Nicholas de Cusa afirmou: “ O intelecto sabe que não te conhece pois sabe que não podes ser conhecido, a não ser que o inescrutável pudesse ser conhecido, e o invisível visto, e o inacessível atingido”.
            Deus Efetua uma completa revelação, embora não se desvende á razão e sim a Fé e ao Amor. A fé é o órgão do conhecimento, e o Amor , o orgão da experiencia. Deus veios até nos pela encarnação; na expiação Ele nos reconciliou consigo mesmo; e, pela fé e pelo amor, nós entramos e nos apropriamos dEle.
            Como é Deus? Se com essa pergunta queremos dizer: “ Como é Deus em Si mesmo?” não há resposta. Se nossa pergunta significa: “ O que Deus tem revelado sobre Si mesmo que a razão reverente possa compreender”, existe, creio eu, uma resposta completa e satisfatória. Pois, enquanto o nome de Deus é secreto e Sua natureza essencial incompreensível, Ele nos revelou, em amor condescendente certas coisas a Seus próprio respeito, as quais chamamos de: “ Seus atributos”.

Cinco princípios fundamentais do conhecimento de Deus que os cristãos possuem
Para finalizarmos gostaria de deixar cinco verdades básicas acerca de Deus que nos ajudar a sempre a termos uma compreensão exata do que ele é.
1.   Deus falou aos homens, e a Bíblia é sua Palavra, que nos foi dada a fim de nos tornar sábios para a salvação.
2.   Deus é Senhor e Rei deste mundo; ele governa todas as coisas para sua glória, mostrando sua perfeição em tudo o que faz, a fim de que homens e anjos possam louvá-lo e adorá-lo.
3.   Deus é Salvador, ativo em amor soberano mediante o Senhor Jesus Cristo para salvar os crentes da culpa e do poder do pecado, adotá-los como filhos e assim abençoá-los.
4.    Deus é Triúno. Há em Deus três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e a obra da salvação é operada pelos três ao mesmo tempo: o Pai propõe a redenção, o Filho a assegura e o Espírito a aplica.
5.    Piedade significa responder à revelação de Deus com confiança, obediência, fé, adoração, oração, louvor, submissão e serviço. A vida deve ser vista e vivida à luz da Palavra de Deus. Isto, e nada mais, é a verdadeira religião.