É possível ter
uma família feliz?
Efésios 5:22-28
Os
vínculos familiares, que primeiramente eram o homem e a mulher, se ampliam.
Papeis variados passam a ser assumidos, e tornam-se mais complexos os
relacionamentos.
Maridos
vem a ser pai, esposa vem a ser mãe, ambos precisam aprender a desempenhar
outras funções familiares de maneira competente.
Mas
a responsabilidade para com a família deve existir antes do casamento. A
escolho do parceiro ou da parceira já a requer. Depois o casal tem o dever de
preparar a atmosfera familiar para a chegada e o desenvolvimento dos filhos
ü
Pensando em Compor uma
família
A construção das bases para
a família futura inicia com a escolha do parceiro ou parceira, que precisa ser
feita na dependência do Senhor. Existem princípios da Palavra de Deus para
orientar a decisão.
1.
Desmitificando a escolha- vamos eliminar alguns mitos a respeito de com
quem casar.
a)
Mito da mulher ou do homem perfeito- Ninguém é exatamente igual aos
“sonhos”.
b)
Mito do Parceiro à imagem da mamãe ou do papai- exigir isso é um
absurdo!
c)
O Mito das almas Gêmeas – Há diferenças marcantes de personalidade
entre o homem e a mulher que se unem em casamento.
2.
Sete princípios para a escolha
a)
Não se deixe levar pela aparência- quem julga pela aparência não
enxerga o interior, não vê as motivações (I Sm 16:7; Jo 7:24)
b)
Não ouça apenas o coração – Ouça também a razão e o bom senso.
Converse. Indague. Observe atitudes e reações, antes de fazer a escolha (Pv
19:2).
c)
Leve em conta a opinião ou conselho dos pais – Especialmente se também
forem cristãos (Pv 1:8-9; Pv 23:22).
d)
Procurem aconselhamento de pessoas confiáveis – Além dos seus pais, se
precisar (Pv 19:20-21)
e)
Consulte ao Senhor, em oração – Não se precipite. Espere que Ele
confirme a escolha (Pv 16:1-2; Pv 18:22)
f)
Não se deixe orientar pelos padrões mundanos – A palavra de Deus deve
ser seu guia, também quanto as questões sentimentais. Geralmente, o modelo do
mundo inclui Lascívia, a impureza, o sexo antes do casamento, etc. Sl 119:105;
1 Jo 2:17).
ü Começando a compor uma família:
O bem estar da família depende da saldo do
relacionamento conjugal. Se o casal está bem, os filhos encontrarão espaço para
conviver felizes, apesar dos problemas naturais da vida, se o casal não esta
bem, tanto sofre ele como os demais componentes da família.
Quando os cônjuges se amam demonstram esse amor em
pequenas atitudes e cultivam um carinho especial um pelo outro. Esse
comportamento influencia os filhos. Eles aprendem que casamento é, acima de
tudo companheirismo.
Consideremos alguns elementos que tornam a relação
conjugal saudável, a luz dos seguintes textos: Gn 2:24; Mt 19:4-6 e Ef 5:31.
Independência
O Casamento se inicia com a disposição de deixar
pai e mãe. O casal precisa de independência em relação aos seus familiares.
Isso não quer dizer que devem cortar relações com a família, mas que, a partir
do casamento, vão traçar seu próprio caminho e encarar, a dois, os problemas da
vida.
Deixar pai e mãe significa a desvinculação física e emocional
dos familiares, a busca da independência, a resolução de assumir a
responsabilidade da vida de casado.
Homem e mulher deve almejar esse desapego, a fim de
construírem com liberdade a sua própria família.
Vários casais enfrentam dificuldade de adaptação,
porque sofrem a interferência dos pais, o que prejudica o crescimento emocional
do jovem casal.
A Interdependência
No casamento o homem se une a sua mulher. O verbo unir,
empregado tem o sentido de apegar-se a alguém por afeto e lealdade.
È a mesma palavra hebraica usada para denotar a
afeição e a lealdade que os israelitas deviam ao Senhor (Dt 30:20).
Ao se unirem, homem e mulher demonstram a disposição
de se apegarem, de seguirem de perto um ao outro, de ficarem juntos.
A união matrimonial pressupõe uma interdependência
entre os cônjuges – estão ligados. Necessitam um do outro, física e
emocionalmente. Assumem o compromisso de viverem um para o outro (1 Co 7:3-4).
A Intimidade
Deus criou os termos da instituição do casamento
dizendo que os cônjuges se tornariam uma só carne.
A intimidade é uma dadiva divina para o casal, e
deve ser usufruída em toda a sua plenitude, incluindo as mais variadas
expressões de carinho e o sexo.
No casamento esta é a mais sublime manifestação de
serem os dois uma só carne.
Antigos preconceitos têm impedido que marido e
mulher cristãos desfrutem prazerosamente da vida intima. Talvez ignorem que há
na Bíblia uma excelente amostra da intimidade gerada pelo amor conjugal puro. Examinaremos
Ct 7:1, Ct 8:3 e Ec 9:9.
A Submissão
A bíblia ensina que as “mulheres sejam submissas aos
seus maridos, como ao Senhor” (Ef 5:22). Mas nunca se entenda que submissão é o
mesmo que subserviência ou escravidão.
O sentido bíblico de submeter-se é completar voluntariamente,
ajustar, adaptar. Submissão é a atitude voluntaria de uma pessoa em relação a
outra.
E o modelo é a submissão a Cristo, que é espontânea
(Ef 5:24-33).
O casamento exige, da parte da mulher, a disposição
para submeter-se ao marido, que nasce do amor por ele. Este por sua vez não
obriga a mulher a ser-lhe submissa, do mesmo modo que ela não o obriga a amar. Os
dois atos são voluntários.
O Sacrifício
A Exigência para o marido cristão é mais séria. O
padrão é o relacionamento entre Cristo e a Igreja. Veja que deveres tem o
marido para com a sua esposa, como resultado do amor (Ef 5:25-30);
a)
Sacrificar-se por ela . V25
b)
Santificá-la. V26
c)
Glorificá-la. V27
d)
Cuidar dela e alimentá-la. V28
Sua liderança não deve ser usada para oprimir a
esposa, mas para vê-la libertada de tudo quanto estraga ou mancha sua
intimidade feminina.
Assim como o proposito final do amor sacrificial de
Cristo é demonstrar a verdadeira glória da Igreja, o marido entrega-se por
amor, para alcançar esse objetivo em relação à esposa.
ü
Filhos! Mais um para compor a Família.
Se há harmonia entre o casal
e é saudável o seu relacionamento, o ambiente esta preparado para receber
filhos.
1.
Uma
benção do Senhor
A chegada dos filhos é uma benção do Senhor:
“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão”(Sl 127:3).
Na mentalidade judaica. Quando os filhos não vinham, este fato era entendido
como maldição da parte do Senhor, e a
mulher era discriminada pela sociedade. Hoje sabemos que a esterilidade pode também
masculina.
Os filhos são um presente de Deus aos pais. Por isso
devem ser criados, tratados e desenvolvidos para que, quando adulto, busquem
com sabedoria o seu caminho natural.
Compete aos pais administrar, de maneira responsável
e dedicada, essa “herança”, sempre lembrando que não são donos dos seus filhos.
Quando os pais os tratam como se fossem sua
propriedade, a relação interpessoal torna-se doentia e prejudicial para ambos e
para quantos vierem a conviver com eles no futuro.
2.
As mudanças
que provocam
Cada filho chega provoca uma reestruturação no lar.
Do ponto de vista físico, é mais um que ocupa espaço. Do ponto de vista
emocional, é mais um que exige atenção, se o casal está preparado para
enfrentar tais alterações irá adaptar à nova situação.
Ocorre também um aumento de atividade e desgaste
físico. Há bebês que não dão muito trabalho; mas outros exigem maior atenção e
cuidados, gastando energia dos pais, avós e etc.
Porém, devem estar conscientes das exigências que a
sua chegada acarreta à família.
ü Um ambiente para compor
A família é o principal
ambiente para a formação dos nossos padrões de comportamento. Mais importante
do que a igreja, do que a escola e de qualquer outro circulo de convivência,
sendo assim, deve proporcionar......:
1.
Um ambiente
de afeto
Nenhuma outra instituição pode substituir a família
no aspecto afetivo. Uma das necessidades básicas do ser humano é a de amor e de
sentir-se parte do todo.
A medida que a criança desenvolve seu senso de
pessoa, manifesta a necessidade de aceitação, afeição e aprovação social.
Quando a família falha em atender essa necessidade,
o membro da família vai satisfaze-la em outro lugar.
Quando há amor palavras de aceitação alimentam a
estima de uns pelos outros; a afeição é demonstrada através de gestos simples
de carinho e todos se sentem integrados no caloroso reduto afetivo da família
(Pv 15:17)
2.
Um ambiente
de proteção
Na família, é atendida outra necessidade básica do
ser humano; a de segurança. Toda criança requer a proteção e segurança contra
danos e ferimentos.
Mesmo os adultos necessitam estar seguros em
ambiente que os acolha, onde possam se sentir bem, tanto física como
emocionalmente.
3.
Um ambiente
de aprendizado
É no seio da família que aprendemos as formas básicas
de relacionamentos com os nossos semelhantes.
É a família que nos ensina os sistemas fundamentais
de valores.
È também neste contexto que aprendemos a amar ou a
odiar a Deus, ao próximo e a nós mesmos;
q
Ela é a escola da fé ou da incredulidade,
q
Do louvor ou
da blasfêmia,
q
Do respeito ou
do desrespeito (Dt 6: 6-9)
No
seio da família, o homem e a mulher aprendem a dar os primeiros passos no bom
caminho (Pv 22:6)